Valinhos, reconhecida nacionalmente como a “capital do figo”, deve produzir cerca de 2,5 milhões de caixas na safra 2024/2025, destinando 70% ao mercado interno e exportando 30%. Parte desse sucesso se deve a famílias como a de Reginaldo Veruci, que cultiva o figo roxo há quatro gerações. A tradição começou com o bisavô, vindo da Itália, e segue viva graças ao manejo cuidadoso que engloba duas podas anuais — em junho/julho e dezembro/janeiro — e pulverizações regulares com cal e sulfato de cobre, técnica que ajuda a fortalecer as folhas e afastar pragas como a mosca da fruta.
Cada pé de figo pode produzir entre 7 e 10 caixas por safra, mas o cultivo exige dedicação. Além do risco de doenças nas raízes, como o nematoide, o excesso ou a falta de chuva impacta diretamente a qualidade dos frutos, que precisam chegar frescos aos mercados. Com vida de prateleira de apenas três dias, a logística de distribuição é outro ponto-chave para os produtores, que despacham diariamente o que colhem. Ainda assim, a procura permanece alta: tudo o que é colhido encontra destino certo, comprovando o valor do figo roxo de Valinhos e a força de um trabalho que passa de geração em geração.